Sargeant encerra novela da superlicença e forma com Albon dupla da Williams em 2023

Agora é oficial: o quarto lugar na classificação final da temporada 2022 da Fórmula 2 deu a Logan Sargeant os pontos que faltavam para a obtenção da superlicença. Com isso, o americano confirma o passaporte para a Fórmula 1 e formará dupla com Alexander Albon na Williams em 2023.

Sargeant será um dos estreantes no grid, ao lado de Oscar Piastri e Nyck de Vries. A confirmação do americano de 21 anos na F1 também mantém a escrita de ao menos um piloto da base no ano vigente ser promovido para a categoria principal na temporada seguinte — o ‘promovido’ em 2022 foi Guanyu Zhou, que vai para mais uma temporada na Alfa Romeo.

O caminho de Logan, no entanto, foi tenso, e muito por conta do próprio anúncio do time de Grove ainda em Austin, no dia da classificação. Depois de Sargeant fazer sua estreia oficial num carro de F1 em casa, no TL1 do GP dos Estados Unidos, eis que Jost Capito resolveu dizer na coletiva de imprensa dos chefes de equipes que o americano seria o segundo piloto da Williams “sob a condição de que tenha pontos suficientes para a superlicença após Abu Dhabi”.

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Até então, Sargeant somava 27 tentos graças aos resultados dos anos anteriores na Fórmula 3. A presença em dois TLs da F1 garantiria mais dois pontos, e a Williams tratou de colocar o pupilo para andar também no México. Só que uma bandeira vermelha no final da sessão — coincidentemente causada por Liam Lawson, companheiro de F2 na Carlin — o impediu de chegar aos 100 km exigidos pelo regulamento.

A partir daí, o sinal de alerta se acendeu, e os ingleses optaram por não arriscar. Ou seja: Sargeant foi escalado para andar também em Interlagos, mesmo tendo uma sprint no final de semana. No Brasil, a meta foi alcançada, e o americano somou mais dois na contagem.

Sargeant chegou em Abu Dhabi precisando ser ao menos sexto colocado na classificação geral (contando ainda com mais dois pontos adicionais caso passasse sem punições pelo fim de semana em Yas Marina). Ao final, os 13 tentos conquistados na pista graças ao sexto e ao quinto lugar na sprint e na corrida principal, respectivamente, consolidaram o piloto em quarto na tabela, posição que deu a ele mais 30 pontos e o passe definitivo para a F1.

Com carreira de sucesso no kartismo, com direito ao título mundial da classe Junior, em 2015, Sargeant estreou nos monopostos em 2016, e começou a ganhar destaque pela campanha na temporada 2020 da F3. Na ocasião, correndo pela Prema, terminou o campeonato na terceira posição depois de disputar o título até o fim contra Piastri e Théo Pourchaire.

Sem condições financeiras de subir para a F2, fez mais um ano na F3, agora na equipe Charouz, e mesmo com carro piorado, ainda conseguiu vencer corrida e terminar o campeonato na sétima colocação, o que chamou atenção da HWA, equipe na qual correu as etapas finais da F2 em 2021. Nesta mesma época, foi contratado pela Williams para fazer parte do programa de jovens pilotos, onde participou do teste de pós-temporada em Yas Marina.

Em 2022, Logan se transferiu para a Carlin e teve a oportunidade de fazer a temporada completa, onde conquistou as primeiras vitórias na F2, nas corridas principais de Silverstone e no Red Bull Ring.

O último americano a correr na F1 foi Alexander Rossi, que disputou cinco provas pela Manor em 2015. O piloto não teve contrato renovado e partiu para a Indy em 2016, onde venceu as 500 Milhas de Indianápolis pela Andretti.

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